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Faça
um diário das leituras/fichamentos e da construção da lógica de raciocínio que
você utilizou para elaborar o seu artigo científico.
Para elaborar o artigo busquei
o tema na disciplina Conteúdos e Metodologias da Língua Portuguesa. O conteúdo
da disciplina abordava os métodos de ensino, as estratégias didáticas, como o
professor deveria realizar as suas práticas pedagógicas em sala de aula, em fim
tudo o que se relacionava ao processo de alfabetização das crianças na
aquisição da leitura e escrita nos anos iniciais do Ensino Fundamental e, isso me
chamou atenção. No estudo de observação em campo realizado durante o período de
estágio, observei na escola que atende alunos dos anos iniciais, que as
crianças têm muitas dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e
escrita. Essas dificuldades são caracterizadas pelos professores como falta de
comprometimento dos pais com a vida escolar de seus filhos, porém observações
diagnósticas da equipe pedagógica relatam também que as crianças apresentam
problemas físicos e psicológicos. Então a pergunta “Quais as causas e fatores
que contribuem para que as crianças dos anos iniciais apresentem durante o
processo de alfabetização dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita? ”
Eu até concordei com ambos ao que sugeriram quanto as causas e fatores
que contribuem com as dificuldades de aprendizagem das crianças na leitura e
escrita, todavia percebi a falta de comprometimento dos professores com as suas
práticas pedagógicas em sala de aula. Os professores estão presos aos livros
didáticos, não são criativos, dinâmicos, dificilmente trabalham com o lúdico,
os mesmos estão presos às práticas pedagógicas tradicionais, mecânicas,
repetitivas e tecnicistas. Não vi em momento algum a prática de alfabetizar
letrando através de gêneros textuais diversos como poemas, jornais, panfletos,
gibis entre outros. Para escrever o artigo o principal objetivo do estudo foi
enfatizar e identificar adequadamente as principais causas das dificuldades de
aprendizagem da leitura e escrita apresentadas pelas crianças e os métodos e
estratégias adequadas para se superar essas dificuldades. Os objetivos específicos foram determinar as principais causas das
dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita que a criança apresenta;
indicar procedimentos corretos que podem ajudar as crianças a vencer suas
dificuldades; pesquisar estratégias didáticas apropriadas para o trabalho com a
criança com dificuldade de aprendizagem. O estudo se justifica, pois, as
dificuldades de aprendizagem na aquisição da leitura e escrita pela criança têm
causas sérias, que devem ser verificadas pelos professores para que o problema
seja detectado e tratado. O artigo foi
elaborado a partir de uma pesquisa construída através de uma revisão da
literatura. A fundamentação teórica baseou-se nos
estudos de autores como Maluf (2003), José e Coelho (1997), Ottoni e Lima
(2014), entre outros. Para complementar a pesquisa foi realizado um estudo em
artigos que abordam o tema, a busca priorizou a coleta eletrônica de dados por
periódico na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do Centro Latino-Americano e do
Caribe de informações em Ciências da Saúde (BIREME), da Literatura
Latino-Americana e do Caribe de informações em Ciências da Saúde (LILACS), da Scientific Eletronic Libary Online
(SCIELO), além do Google Acadêmico. Os
critérios de inclusão dos artigos foram: artigos publicados em português com os
resumos disponíveis nas bases de dados selecionadas, no período de 2010 a 2016. Foi
realizada a leitura dos resumos a fim de se definir a inclusão do material de
acordo com o interesse específico da pesquisa e seleção destes afins e
classificá-los entre as categorias semelhantes, após uma análise
comparativa entre os artigos para relacionar os assuntos buscando-se os unitermos/descritores:
leitura, escrita, alfabetização e dificuldades. Após ter os fundamentos
teóricos considerados suficientes, a análise da produção científica foi então
estruturada. Na elaboração do artigo fez-se notório que as causas e fatores que
contribuem para as dificuldades de aprendizagem das crianças na leitura e
escrita proveem de causas e fatores orgânicos, psicológicos, pedagógicos e
ambientais. O letramento e sua importância nas práticas sociais na aquisição da
leitura e escrita da criança no processo de alfabetização. Para tratar e
superar as dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita que as crianças
apresentam é preciso ser realizado um trabalho multidisciplinar entre pais,
professores, pedagogos e profissionais especializados.
Fichamento
das leituras para elaboração do artigo
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Citação
Como citado por Almeida (2009, p. 11), “as
dificuldades de aprendizagem são apresentadas em função de uma situação
orgânica ou psicológica que envolve a memorização e o armazenamento de
informações por parte da criança”.
Almeida (2009) defende que as dificuldades de
aprendizagem são apresentadas em função de uma situação orgânica (causadas
por deficiências, transtornos e quadros químicos envolvendo a desnutrição,
subnutrição e intoxicação por drogas e álcool) ou psicológica (relacionada a
traumas emocionais que envolvem a memorização e o armazenamento de
informações por parte da criança, falta de ligação afetiva com os pais,
professores, e/ou responsáveis pelas crianças.
Referência:
ALMEIDA, G. P. de. Dificuldades de
aprendizagem em leitura e escrita. São José, SC: Editora Wak, 2009.
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Citações
Segundo Andrade (2011) o momento pede novas
propostas pedagógicas alfabetizadoras que possibilitem a aprendizagem da
leitura e escrita que nem sempre é confirmada, nesse cenário, família e
educadores compartilham preocupações e inquietações por causa das
dificuldades escolares.
Andrade (2011) enfatiza que:
O grande desafio da escola na busca de uma
nova concepção de alfabetização é possibilitar o processo de letramento junto
à aquisição da escrita, para que se possa assumir um papel mais significativo
e ir além das palavras e frases. É buscar um processo que possa produzir
sentido e significado na formação do sujeito (ANDRADE, 2011, p. 26).
Referência:
ANDRADE, M. E. B. de. Alfabetização e
letramento: o desvelar de dois caminhos possíveis. Jundiaí: Paco
Editorial, 2011
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Citação
Barros et al. (2014) reforçam que as
dificuldades de leitura e escrita se fazem presentes no cotidiano escolar, na
maioria das vezes porque a criança não é incentivada, desde cedo, a ler e
escrever por prazer e sim por obrigação. Para que isso mude os alunos devem
ter acesso a todos os gêneros textuais para que percebam que a leitura e a
escrita são essenciais na vida de qualquer pessoa, e devem ser desenvolvidas
desde os anos iniciais do Ensino Fundamental despertando nos alunos o quanto
antes, o gosto pela leitura e pela escrita.
Referência:
BARROS, R. P.; SANTOS, A. M. F... [et al.]. Dificuldades de leitura e
escrita: reflexões a partir da experiência do PIBID. IV Encontro de Iniciação da Universidade Estadual da Paraíba.
2014. Disponível em:
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Citação
Quanto as causas das dificuldades no processo
de aprendizagem, Berberian et al. (2002) apontam que existem diferentes vias
explicativas para os casos, relacionando ainda que
a sucesso e o fracasso acadêmico se dividem em três variáveis
interligadas: ambiental, psicológica e metodológica.
Referência:
BERBERIAN, A. P.; MASSI, G. de A... [et al.]. Linguagem escrita: referenciais para a clínica fonoaudiológica.
São Paulo: Plexus Editora, 2002.
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Citações
É muito significativa a opinião de Kirk (1962
apud Bernardino, 2007) que sustenta que:
Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a
um retardamento, transtorno, ou desenvolvimento lento em um ou mais processos
da fala, linguagem, leitura, escrita, aritmética ou outras áreas escolares,
resultantes de uma deficiência causada por uma possível disfunção cerebral
e/ou alteração emocional ou condutual. Não é resultado de retardamento
mental, de privação sensorial ou fatores culturais e instrucionais. (KIRK,
1962 apud BERNARDINO, 2007, p. 5).
A Psicopedagogia, como enfatiza Bernardino
(2007, p. 41) “considerada como uma área de conhecimento relativamente nova
que estuda o processo e as dificuldades de aprendizagem muito tem contribuído
para explicar a causa da dificuldade de aprendizagem, pois tem como objeto
central de estudo o processo humano de aquisição de conhecimento”.
Referência:
BERNARDINO, M. C. S. Dificuldades
de aprendizagem na leitura e na escrita na primeira série do ensino
fundamental. Pontifícia Universidade
Católica de Campinas. Faculdade de Educação (Especialização em Educação e
Psicopedagogia). Disponível em:
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Citação
De acordo com o Referencial Curricular
Nacional de Educação Infantil (RCNEI) (1998, p. 133) “a oralidade, a leitura
e a escrita devem ser trabalhadas de forma integrada e complementar,
potencializando-se os diferentes aspectos que cada uma dessas linguagens
solicita das crianças”.
Referência:
BRASIL, Referencial Curricular para a
Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de
Educação Fundamental. Brasília, v.3, 1998.
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Citação
Capellini et al. (2010) realizaram um estudo
onde os dados permitiram concluir que as
maiores dificuldades de aprendizagem estão na apropriação do sistema de
escrita, pois é somente no processo evolutivo que o aprendiz elabora
hipóteses a respeito do que é a escrita, revelando diferentes graus de
conhecimentos que estão sendo constituídos, o que significa que não se
aprende a escrever de imediato e dificuldades estão implícitas nesse
processo. O recurso apontado é estabelecer
o perfil de aquisição e desenvolvimento
ortográfico de escolares em fase inicial de alfabetização, pois somente dessa forma será possível
identificar como os alunos se apropriam do processo de leitura e escrita.
Referência: CAPELLINI, S. A.; BUTARELLI, A. P. K.
J... [et al.]. Dificuldades de aprendizagem da escrita em
escolares de 1ª a 4ª séries do ensino público. Revista Educação em Questão, Natal, v. 37, n. 23, p. 146-164,
jan. /abr. 2010.
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Citação
O aspecto levantado por Cavalcante (2014) foi
que ao analisar essas práticas identifica-se que falta aos professores maior
reflexão sobre o que se deve trabalhar na etapa de formação da criança,
iniciando um processo de compreensão do funcionamento da língua,
identificando no tempo e espaço da Educação Infantil rotinas que privilegiam
práticas de letramento, conceitos e habilidades na área do raciocínio lógico
e psicomotricidade. É necessário que professor melhore sua prática
pedagógica, utilizando recursos didáticos inovadores e atividades que tenham
significados para a criança.
Referência: CAVALCANTE, L. M.
Alfabetização na educação infantil? Uma questão polêmica? Revista Tópicos Educacionais, Recife, n.2, p. 34-56, jul. /dez. 2014.
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Citações
Ciasca
(2003, p. 103) justifica que “as dificuldades residem precisamente na falta
de capacidade para elaborar a informação que lhes foi dada e que é necessária
para resolver um problema, bem como a incapacidade de generalizar o
aprendido, de forma voluntária e espontânea”.
Ciasca (2003, p. 116) consideram que todos
esses aspectos (orgânicos, psicológicos e ambientais) são fundamentais na
aquisição normal da aprendizagem das crianças e serão também “primordiais
para aquisição da leitura e escrita”.
Referência:
CIASCA, S. M. (org.). Distúrbios de
aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2003.
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Citação
De acordo com Coll et al. (2009, p. 51)
estudantes com dificuldades de aprendizagem experimentam traços similares,
“tanto pela origem de seus problemas como por suas manifestações e pelo tipo
de resposta educativa que requerem”, apresentando problemas como atrasos
maturativos, problemas de linguagem, de compreensão de textos escritos,
dificuldades afetivas, transtornos de conduta, entre outros.
Referência:
COLL, C.; JESÚS, P... [et al.]. Desenvolvimento
psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades
educativas especiais. Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2009.
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Citação
Um aluno definido com dificuldades no
ensino-aprendizagem é o que tem, no mínimo, um potencial médio e algum
problema que interfere no seu processo do aprendizado normal, os alunos com
dificuldades de aprendizagem graves “terão um desempenho significativamente
inferior aos níveis esperados na maioria das áreas do currículo, apesar das
intervenções apropriadas”. (FARRELL, 2006, p. 11).
Referência: FARREL, M. Guia do professor: dificuldades de
aprendizagem moderadas, graves e profundas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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Citação
Para Gomes e Sena (2000) o sucesso e o
fracasso na aprendizagem podem ser explicados a partir de características
individuais de desenvolvimento do sujeito e do trabalho da escola em
identificar e considerar essas características, por isso, a aprendizagem deve
entrar na escola do mesmo modo que na vida, ou seja, por meio de práticas
sociais de leitura e escrita.
Referência: GOMES, M. de F.
C.; SENA, M. das G. de C. Dificuldade
de aprendizagem na alfabetização. São Paulo: Editora Autêntica, 2000.
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Citações
José e Coelho (1997) esclarecem que:
Ao educador cabe apenas detectar as
dificuldades de aprendizagem que aparecem em sua sala de aula, principalmente
nas escolas mais carentes, e investigar as causas de forma mais ampla, que
abranja os aspectos orgânicos, neurológicos, mentais, psicológicos
adicionados à problemática ambiental em que a criança vive. Essa postura
facilita o encaminhamento da criança a um especialista que, ao tratar da
deficiência, tem condições de orientar o professor a lidar com o aluno. (JOSÉ
E COELHO, 1997, p. 23).
José e Coelho (1997) também concordam com a
existência desses fatores desencadeantes de uma dificuldade no processo de
aprendizagem, relacionando e completando: os fatores orgânicos: dizem
respeito à saúde física deficiente, sistema nervoso doente e alimentação
inadequada; os fatores psicológicos: se relacionam aos sentimentos e
comportamentos envolvendo a inibição, fantasia, angústia, ansiedade,
inadequação à realidade, sentimento de rejeição; os fatores ambientais: são
as influências do meio em que as crianças vivem seja o ambiente familiar,
escolar e/ou ainda os meios de comunicação.
Referência:
JOSÉ, E. da A.; COELHO, M. T. Problemas
de aprendizagem. São Paulo: Ática, 1997.
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Citação
Análises de Lima e Dantas (2013) indicaram
que num processo de aprendizagem, alunos não passaram por um período
preparatório não conseguem se apropriar do sistema da leitura e escrita e,
portanto, não se alfabetizam. Para avançar de uma hipótese silábica para
outra sem maiores dificuldades é necessário um período preparatório com
diferentes trabalhos pedagógicos, ou seja, a pré-escola é determinante para
esse desempenho.
Referência:
LIMA, A. L. de S.; DANTAS, C. V. Alfabetização e letramento: um estudo de
caso nos primeiros anos do ensino fundamental na escola pública de Jandira. Revista E-FACEQ: Revista dos
Discentes da Faculdade Eça de Queirós, Jandira, ano 2, número 2, p. 1-43,
agosto, 2013.
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Citação
O estudo realizado por Lucas (2010) aponta
que no que se refere as dificuldades ocorrem alguns riscos, como o fato de
não se considerar necessário revestir de intencionalidade as ações realizadas
nas instituições de educação infantil; de acreditar que o trabalho com
crianças pequenas dispensa sistematização e ainda de considerar que toda
atividade realizada com as crianças, independentemente da idade, teria como
finalidade alfabetizá-la. Um dos recursos seria que como decorrência do
movimento de redefinição do conceito de alfabetização na apropriação dos atos
de ler e escrever, o processo de aprendizagem deve anteceder o ingresso no
ensino fundamental, acontecendo a partir da educação infantil.
Referência:
LUCAS, M. A. O. F. Reflexões sobre os
conceitos de alfabetização e letramento apresentados por professores de
educação infantil. Revista Teoria e
Prática da Educação, Rio Claro, v. 13, n. 3, p. 109-119, set. /dez. 2010.
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Citação
Maluf (2003, p. 38) observa que “a
aprendizagem da escrita é pré-existente ao ensino da leitura”.
Referência:
MALUF, M. R. (org.). Metalinguagem e
aquisição da escrita: contribuições da pesquisa para a prática da
alfabetização. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
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Citação
Marcelli; Cohen (2011, p. 22) sustentam que
“a aprendizagem da língua escrita é, por essência, um processo de
aprendizagem cultural e, portanto, totalmente dependente de estimulações
ambientais”
Referência:
MARCELLI, D.; COHEN, D. Infância e
psicopatologia. 8ºed. Tradução: Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2011.
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Citações
Nos dias atuais, grande parte das crianças
apresentam dificuldades de aprendizagem, assim é preciso pensar em todas as
possibilidades de investigação relativas ao ensino da leitura e escrita na
fase inicial da escolarização da criança para garantir o aprendizado.
(MORTATTI, 2000).
O termo letramento foi recentemente
introduzido nos meios educacionais e está diretamente relacionando com novas
formas de compreender e explicar a leitura. (MORTATTI, 2004).
O conceito de letramento surgiu aliado às
mudanças nas práticas de leitura e de escrita em relação à diversidade de
tempos e espaços em que ocorre, isso porque cada área do conhecimento exigiu
esse alargamento do conceito, mas sem dúvida, o efeito mais visível do
letramento se reproduz nas práticas pedagógicas. (MORTATTI, 2004).
Referência: MORTATTI,
M. do R. L. Os sentidos da
alfabetização. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
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Citação
Na revisão da literatura feita por Muniz e
Mitjáns (2013) os resultados demonstraram que a negação da criança na sua
constituição complexa e singular, reduz muitas vezes, à utilização da
linguagem tanto oral quanto escrita, como um fim em si mesma, deixando em
segundo plano toda a forma singular de vivenciar o percurso de aprender que
envolve a motivação, o envolvimento, as emoções e o interesse, como elemento
vital dos processos de comunicação. Um
dos recursos sugerido seria formar uma unidade integradora de toda
a complexidade que envolve o aprender (aspectos operacionais e técnicos), a
diversidade de formas criativas no processo de aprender, as estratégias e
processos que a caracterizam, que tornam possível a aprendizagem.
Referência: MUNIZ,
L. S. MITJÁNS M. A. A aprendizagem da leitura e da escrita: análise da
produção científica. Revista Atos de
Pesquisa em Educação, Brasília, v.
8, n. 2, p. 951-981, maio. /ago. 2013.
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Citações
De acordo com Mutschele (2001) a criança deve
ser estimulada a empregar em determinada tarefa habilidades iguais às
exigidas pela situação.
O insucesso escolar não é exclusivamente
educacional, mas trata-se também de um problema social, cultural e até mesmo
econômico, para iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita é preciso que
todos esses fatores contribuam e estejam ao alcance do aprendizado da
criança. (MUTSCHELE, 2001).
Referência:
MUTSCHELE, M. S. Problemas de
aprendizagem da criança: causas físicas, sensoriais, neurológicas,
emocionais, intelectuais, sociais e ambientais. São Paulo: Edições Loyola,
2001.
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Citação
Vale também ressaltar a contribuição de
Nogueira et al. (2014) destacando que as crianças que não conseguem aprender
apresentam dificuldades relacionadas as tarefas ligadas à discriminação
auditiva e dificuldades na discriminação visual das letras. Neste sentido
enfatizam que é essencial investir na formação de educadores, para que
entendam a forma como seus alunos reagem como base para construir uma prática
pedagógica coerente.
Referência:
NOGUEIRA,
L. A.; CARVALHO, L.
A. de C.; PESSANHA, F. C. L.
A
psicomotricidade na prevenção das dificuldades no processo de alfabetização e
letramento. Revista Perspectivas
Online, Campos dos Goytacazes, v.1, n.2, p. 9-28, 2007.
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Citações
De acordo com Oliveira (2013) a criança se
apropria desde muito cedo da percepção sobre o conhecimento da leitura e
escrita, a criação de ricas e variadas oportunidades para as crianças
interagirem com a língua escrita envolve o contato com escritas diversas.
Outro estudo que vale mencionar foi de
Oliveira (2010) que avaliou que as
dificuldades de aprendizagem se apresentam quando os profissionais da
educação não introduzem em sua prática pedagógica o trabalho com gêneros
textuais diferenciados.
Referência: OLIVEIRA, S. C. M. de. Práticas de letramento na educação
infantil: descobrindo a função social da escrita. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação (Monografia de graduação).
Disponível em:
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Citação
Piccoli e Camini (2012, p. 17) destacam que
“o conceito de letramento lançou luzes sobre um aspecto fundamental da leitura
e da escrita”.
Referência:
PICCOLI, L.; CAMINI, P. Práticas
pedagógicas em alfabetização: espaço, tempo e corporeidade. Erechim:
Edelbra, 2012.
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Citações
Silva e Lira (2003) definem que “letramento é
o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e
exerce as práticas sociais que usam a escrita”.
Silva e Lira (2003, p. 24) comentam que “o
ideal é alfabetizar letrando”, o que evidencia a importância de materiais
diversificados de leitura.
“O letramento surge em substituições à noção
clássica de alfabetização envolvendo um completo processo de reestruturação
cognitiva, e englobando todas as esferas da cognição humana, tais como:
estratégias lógicas de estruturação do pensamento, representação psicomotora
e a identidade socioafetiva” (LIRA E SILVA, 2003, p. 25).
Silva e Lira (2003) advertem que:
Não basta apenas ensinar a ler e escrever, é
preciso criar possibilidades para que os alfabetizados passem a ficar imersos
em ambiente adequado e possam participar do mundo letrado, onde a leitura e a
escrita tenham uma função para eles, sentindo-as como uma necessidade. (SILVA
E LIRA, 2003, p. 23).
Referência:
SILVA,
A. L. da; LIRA, V. K. Letramento na
educação infantil. Rio de Janeiro: E-papers, 2003.
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Citação
A escola em sua função tem como objetivo
promover situações de aprendizagem contextualizadas e significativas
possibilitando às crianças a autonomia para a leitura e a escrita superando
suas dificuldades, preparando as mesmas para agir segundo as exigências da
realidade na qual estão inseridas. (RAMOS E FARIA, 2011).
Referência:
RAMOS, M. B. J.; FARIA, E. T. Aprender
e ensinar: diferentes olhares e práticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2011.
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Citações
No entender de Rios (2009 apud Silva, 2014)
letramento é um ato sociocultural concreto constituído por pelo menos uma das
seguintes atividades: escrita, leitura e/ou fala em torno de/sobre textos
escritos.
A linguagem oral e a linguagem escrita são
frequentes nas atividades diárias das pessoas e a escola adiciona a isso seus
objetivos e a intenção de fazer com que a leitura se torne parte da vida
escolar. (Teale e SULZBY, 1986
apud SILVA, 2014).
Referência: SILVA, I. V. da. Alfabetização e letramento: um
estudo sobre as dificuldades dos professores na prática pedagógica no ciclo
de alfabetização. Universidade Federal
do Rio Grande do Norte. Centro de Educação (Artigo original). Disponível
em:
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Citação
Santi (2015) evidencia a defesa de uma
alfabetização ampliada, apontando para o letramento, pois, segundo a autora,
alfabetização e letramento se complementam, e apenas com a articulação entre
ambos os conhecimentos, é que o sujeito poderá inserir-se na sociedade que é
comandada pela linguagem. A alfabetização é um elemento fundamental,
necessário para esse processo, desde que, simultaneamente, seja trabalhada a
função social desta aprendizagem, desenvolvendo práticas/experiências de
leitura e escrita em situações concretas e significativas.
Referência: SANTI, P. A. Alfabetização e letramento nos anos
iniciais do ensino fundamental. 2015. Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul. Departamento de Humanidade e Educação
(Monografia de graduação). Disponível em:
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Citação
“O mapeamento preciso e a compreensão aprofundada
da natureza dessas dificuldades permitem elaborar materiais de
ensino-aprendizagem eficazes para reduzir essas dificuldades”. (TREVISAN et
al., 2011, p. 98).
Referência:
TREVISAN, A.; MOSQUERA, J. J. M... [et al.]. Alfabetização e cognição. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2011.
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